sexta-feira, 2 de abril de 2010

VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA

“Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor: de que nos valeria ter nascido se não nos resgatasse em seu amor?”
(do Precônio Pascal)

INTRODUÇÃO

Após vivermos a Páscoa da Ceia (na Quinta-Feira Santa) e a Páscoa da Cruz (na Sexta-Feira da Paixão), a Igreja nos insere na grande noite, na Páscoa da Luz, que é o próprio Cristo vivo e ressuscitado em nosso meio.

No Sábado Santo, ao contrário do que muitos pensam, não existe celebração da missa. É o dia em que a Igreja permanece silenciosa junto ao Santo Sepulcro do Senhor, meditando seu ato salvífico manifestado na dor da Cruz, onde se doou em favor de muitos.

Ao anoitecer, porém, a Igreja celebra a Vigília Pascal que por antiquíssima tradição é “a noite de vigília em honra do Senhor” (cf. Ex 12,42). Como bem nos lembrava Santo Agostinho, esta é “a noite santa e mãe de todas as vigílias cristãs”.


1 UM POUCO DE HISTÓRIA

Nos primórdios do cristianismo, nessa noite, os fiéis passavam em vigília, aguardando a ressurreição de Cristo. Já a partir do século II foi inserida, nesta celebração, a administração dos sacramentos de iniciação cristã. Desde então, já havia uma estrutura próxima ao que hoje celebramos.

Com o passar dos séculos, a Vigília Pascal foi deixando de ser tão participativa, como na antiguidade. Por conta disso, essa celebração foi antecipada para o início da tarde do sábado. No século XII, iniciava-se às 12h e quatro séculos mais tarde, passou a ser antecipada para as 9h da manhã. Com textos que remetiam à noite santa em que Cristo rompeu os grilhões da escravidão, celebrar em período diurno parecia uma certa incoerência.

Segundo o Frei José Ariovaldo da Silva, em seu artigo denominado “Em torno do Tríduo e da Vigília Pascal: coisas curiosas da história” (ficha nº 9 da coletânea reunida no livro ‘Liturgia em Mutirão’ – CNBB – 2007), foi em 1951 que foi restabelecida, pelo papa Pio XII, a Vigília Pascal como em suas origens, ou seja, na noite do sábado para o Domingo de Páscoa, dispositivo ratificado pela reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II.

O Cerimonial dos Bispos afirma que esta celebração não deve se iniciar antes do início da noite do sábado e seu término precisa ocorrer antes da aurora do domingo (cf. CB 333).


2 ASPECTOS CELEBRATIVOS

A Vigília Pascal é composta por quatro liturgias: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística. Tem início no lado externo da igreja, com a bênção do fogo novo, quando se acende o novo círio pascal, que simboliza o próprio Cristo na luz da sua ressurreição. Dentro da igreja, prossegue-se com a Proclamação da Páscoa, Liturgia da Palavra, bênção da água batismal e administração dos sacramentos de iniciação cristã (se houver catecúmenos). A partir da Liturgia Eucarística a celebração deixa de assumir particularidades relevantes.


2.1 O QUE PROVIDENCIAR

Para que esta celebração aconteça, é necessário preparar (cf CB 336):

- para a bênção do fogo: uma fogueira num lugar fora da igreja, onde o povo se reunirá inicialmente, o círio pascal, cinco grãos de incenso (ou cinco cravos), utensílio adequado para acender a vela com o fogo novo, lanterna para clarear os textos que serão proferidos pelo presidente da celebração, missal romano com as partes já devidamente separadas, velas a todos os que participam da Solene Liturgia e utensílio para o turiferário tirar brasas acesas do fogo, objetivando usá-las no turíbulo.
- para a proclamação da Páscoa: suporte para o círio pascal junto ao ambão (na impossibilidade de se colocar junto ao ambão, deve ser preparado outra instante de onde será proclamada a Páscoa, ao lado do local onde estará o suporte com o círio).
- para a Liturgia Batismal: recipiente com água e, se houver administração de sacramentos da iniciação cristã, óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal e Ritual Romano.


3 CELEBRAÇÃO E QUESTÕES PRÁTICAS

3.1 BÊNÇÃO DO FOGO NOVO

Fora da igreja, diante da fogueira, o presidente da celebração saúda o povo, enfatizando a importância desta celebração, usando de fórmula no missal romano. Em seguida, procede à bênção do fogo e acende silenciosamente o novo círio pascal, inserindo, logo em seguida, os cinco grãos de incenso ou cinco cravos na grande vela, simbolizando as cinco chagas de Jesus.


3.2 PROCISSÃO

Uma vez deitado incenso no turíbulo, inicia-se a procissão até a igreja, esta desta vez não precedida da cruz processional e tochas. A procissão segue a seguinte ordem: turiferário, diácono ou, na falta deste, o presidente da celebração com o Círio Pascal. Logo atrás, segue o presidente (caso não esteja portando o círio), diáconos, assistentes e todo o povo, todos com velas apagadas nas mãos.


3.3 CHEGADA À IGREJA E PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA

Já dentro da igreja escura (sem lâmpadas acesas), o círio pascal é apresentado por três vezes, sob a aclamação: “Eis a Luz de Cristo!”, ao que todos respondem “Demos graças a Deus!”. Na segunda exclamação, as velas passam a ser acesas a partir do próprio círio, se espalhando por toda a assembléia. Estando os fieis com suas velas acesas no fogo novo, ocorre a proclamação da Páscoa, também conhecida como Precônio Pascal ou simplesmente por “Exulte”.


3.4 LITURGIA DA PALAVRA

Uma vez proclamada a Páscoa todos apagam suas velas e sentam-se para a Liturgia da Palavra, onde nove leituras são propostas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho). A depender das circunstâncias pastorais, o número de leituras do Antigo Testamento pode ser reduzido para três ou pelo menos dois, mas sem excluir a leitura do capítulo 14 do Livro do Êxodo. Cada leitura é intercalada por um salmo, seguido de oração.

Após a última leitura do Antigo Testamento, entoa-se o Hino de Louvor, enquanto se acendem as velas do altar e repicam-se os sinos (onde houver), que foram “calados” desde o Hino de Louvor na Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa. Posteriormente, o presidente da celebração diz a oração da coleta, como de costume. Prossegue-se a leitura da epístola paulina e proclamação do Evangelho.


3.5 LITURGIA BATISMAL

Terminada a homilia, dá-se início à Liturgia Batismal. Sacerdote e ministros se dirigem ao batistério ou, se for o caso, prepara-se um recipiente com água no presbitério. Após a exortação do povo (e para isso existem duas fórmulas, uma para quando houver batismo e outra se houver apenas a bênção da água batismal), entoa-se a Ladainha de todos os Santos (também com variantes, caso haja batismo). Durante a ladainha, todos se voltam em direção ao altar e assim permanecem até sua completa execução.

Terminada a ladainha, o presidente da celebração profere a bênção da água batismal. Porém em caso de batismo, esta é precedida de uma oração. Durante a bênção da água batismal, o presidente, se oportuno, mergulha o círio na água. Aqui é realizado o batismo, após os catecúmenos renunciarem ao demônio e suas obras e realizarem a profissão de fé. Catecúmenos adultos são confirmados, caso haja bispo ou sacerdote designado para fazê-lo.


3.5.1 Renovação das Promessas do Batismo

Caso não haja batismo, nem bênção da água batismal, o presidente da celebração benze a água para aspersão da assembleia. Em seguida, renova-se as promessas do batismo, onde todos em pé e com as velas acesas respondem às perguntas feitas pelo presidente da celebração. Procede-se, então, à aspersão da assembleia. A renovação das promessas do batismo ocorre independente de ter havido ou não batismo.


4 LITURGIA EUCARÍSTICA E RITOS FINAIS

A partir deste ponto, a liturgia segue sem particularidades, salvo nos ritos finais, onde na despedida é acrescentado “aleluia, aleluia”. Da mesma forma o povo também faz esse acréscimo ao final da resposta “Graças a Deus”.

Quanto à Liturgia Eucarística, dispensável citar o caráter solene que ela traz, sobretudo porque por dois dias a Igreja não a celebrou, acompanhando as dores de seu Mestre e Senhor e permanecendo silenciosamente orante junto ao seu sepulcro.

Convidados para o Banquete Nupcial do Cordeiro, unimo-nos de tal forma ao Ressuscitado que nossa alegria se torna plena. Jesus vive e está entre nós!


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Belíssima celebração, esta soleníssima Missa constitui o ápice de todo o ano litúrgico. Quem dela participa, cumpre preceito dominical (cf. CB 335).

Para as equipes de liturgia, eis um grande trabalho a ser desempenhado, já que como pode se perceber, esta celebração é constituída de muitos detalhes, merecendo grandes cuidados.

Onde é costume cobrir as imagens, estas podem ser descobertas no início da Vigília Pascal; algumas comunidades costumam descobri-las durante o Hino de Louvor. A cruz, porém já deverá estar descoberta antes do início da celebração.
Para a proclamação da Páscoa, o missal romano traz um belíssimo texto que deve ser usado preferencialmente. Porém, existem outras versões aprovadas pela CNBB.

Embora assunto polêmico, muitas comunidades expressam por coreografias suaves alguns momentos, sobretudo os salmos. Onde for costume, haja constante preocupação com o que será apresentado, lembrando que tudo é feito para Cristo e não a si próprio. Existem documentos publicados pela CNBB a respeito do assunto, os quais devem ser bem analisados.

Durante a Ladainha de todos os Santos, importante ressaltar que todos devem se voltar para o altar e não para a cruz.

A partir desta Vigília, a Igreja vive o tempo pascal. Dia de cinquenta dias, onde a alegria pela ressurreição de Cristo norteia toda a liturgia e vida cristã.

Na segunda liturgia do Domingo de Páscoa, entoa-se a Sequência, que ocorre entre o fim da segunda leitura e a aclamação ao Evangelho. Toda assembleia participa deste momento em pé.

Durante a oitava da Páscoa, ou seja, os próximos oito dias após o Grande Domingo da Ressurreição, as liturgias diárias são celebradas como solenidades do Senhor. Nestes dias e durante todos os domingos do tempo pascal, o Círio, símbolo do Cristo ressuscitado, deverá ficar aceso, preferencialmente junto ao ambão.


FELIZ PÁSCOA! CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

SEXTA-FEIRA SANTA: CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR

“Em tuas mãos eu entrego o meu espírito.”
(Sl. 30,6)

INTRODUÇÃO

Às 15h, ou noutro horário oportuno, a Igreja realiza a Liturgia da Paixão do Senhor. Neste dia, não se celebra missa em lugar algum, mas ocorre a celebração onde meditamos as dores e morte de Nosso Senhor. Parece que o termo “comemorar” se relaciona a festas alegres, mas não podemos deixar de comemorar o resgate da aliança com Deus através do sacrifício da Cruz. Este acontecimento nos prepara para as alegrias pascais; dessa forma, já celebramos a Páscoa do Senhor. A Igreja prescreve dia de jejum e abstinência de carne.


1 ASPECTOS CELEBRATIVOS

Esta solene ação litúrgica consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.

O altar, desnudado ao fim da liturgia do dia anterior, assim permanece. Igualmente as cruzes (e imagens, onde for costume) também permanecem veladas.

A cruz é apresentada à assembleia, não como sinal de luto e tristeza, mas como instrumento pelo qual nos veio a salvação. Para tanto, através dela, rendemos adoração ao Cristo Redentor.


1.1 O QUE PROVIDENCIAR

Para esta solene ação litúrgica, deve-se providenciar, em lugar apropriado, uma cruz (coberta com véu, caso se adote a primeira forma de apresentação) e dois castiçais. Para o presbitério, importante haver o missal romano, lecionário, toalha e corporais. Quanto ao altar da Reposição, separar véu umeral (para diácono ou presidente da celebração) e dois castiçais.


2 CELEBRAÇÃO E QUESTÕES PRÁTICAS

O presidente da celebração, ao se aproximar do altar, em clima de absoluto silêncio, prostra-se ou ajoelha-se diante dele por alguns instantes. A assembleia também permanece em silêncio orante, de joelhos. Em seguida, é proferida oração, sem o “oremos”.


2.1 LITURGIA DA PALAVRA

Imediatamente após a oração, inicia-se a Liturgia da Palavra. Na narração da Paixão de Nosso Senhor, é costume, assim como no Domingo de Ramos, haver distribuição de funções para mais leitores, de acordo com as personagens, havendo, para tanto, a figura do narrador. Toda a igreja se ajoelha silenciosamente quando do anúncio da morte de Jesus. Não se beija o livro ao final da narração.


2.1.1 Oração Universal

Após a homilia, inicia-se a oração universal, com dez preces específicas, a saber: pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus, pelos que não creem no Cristo, pelos que não creem em Deus, pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações. Durante essas preces é facultada à assembleia permanecer ou não de joelhos.


2.1.2 Adoração da Cruz

Logo depois da oração universal, tem início a adoração da Cruz, costume que se originou em Jerusalém a partir do Século IV, e que pode ocorrer de duas formas. Na primeira forma, um diácono (ou um acólito) parte do fundo da igreja com a cruz velada, acompanhada por duas velas acesas. A cruz é entregue ao presidente da celebração, junto ao altar, e este vai descobrindo-a em três partes, apresentando-a para adoração dos fiéis, entoando a cada parte descoberta a fórmula invitatória “Eis o lenho da Cruz do qual pendeu a salvação do mundo”. A assembleia responde: “Vinde, adoremos!”. Após, todos se ajoelham por alguns momentos, em adoração, enquanto o presidente, em pé, sustenta a cruz. Em seguida, inicia-se a adoração, com a cruz colocada frente ao presbitério, ladeada pelas velas.

Na segunda forma de apresentação, o diácono ou, na sua ausência, o próprio presidente da celebração, toma a cruz descoberta na porta da igreja e lá mesmo, depois ao meio do templo e à frente do presbitério, eleva a cruz e entoa a fórmula envitatória acima já descrita, havendo por parte da assembleia a mesma resposta. A entrada da cruz é acompanhada por duas velas. Ao final da terceira fórmula, todos se ajoelham em adoração, com exceção do presidente da celebração.

Para a adoração, esta se inicia com o presidente da celebração, seguido do diácono e ministros, e sequenciado pelo povo. A cruz é saudada com uma simples genuflexão, ou outro sinal adequado, de acordo com o costume local, como o beijo. Enquanto isso, cantam-se antífonas específicas ou outros cantos adequados.

Não pode haver mais de uma cruz exposta para a adoração. Caso a assembleia seja numerosa, após a adoração do presidente, membros do clero e parte dos fiéis, o presidente toma a cruz, dirigindo-se para junto do altar e de lá convida a assembleia a adorar a cruz. Em seguida, eleva a cruz durante algum tempo, enquanto os fiéis adoram-na em silêncio (cf. CB 323). Após o momento de adoração, a cruz fica exposta próximo do altar, ladeada pelas velas.


2.1.3 Sagrada Comunhão

Para a Sagrada Comunhão, dois castiçais acompanham as âmbulas que estavam no lugar da reposição pelo caminho mais curto entre este lugar e o altar. Enquanto isso, o altar já estará revestido da toalha; castiçais são colocados sobre o altar ou junto dele. A assembleia acompanha o momento ficando em pé.

Uma vez depositadas as âmbulas sobre o altar, o presidente genuflecte diante do Santíssimo e procede ao rito de comunhão, excetuando-se a oração pela paz e consequente saudação. Após a distribuição da Comunhão, as âmbulas são reconduzidas para o altar da Reposição. Não se volta as âmbulas para o sacrário, a menos que as circunstâncias assim exijam (cf. CB 328).


2.1.4 Bênção sobre o povo e final da ação litúrgica

Uma vez observado o silêncio sagrado, o presidente da celebração recita a oração depois da comunhão. Em seguida, profere, de mãos estendidas, a bênção sobre o povo. Em seguida, genuflecte diante da cruz e se dirige para a sacristia. A assembleia se retira em absoluto silêncio. O altar torna a ficar desnudado em tempo oportuno.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os mesmos cuidados devem ser levados em consideração em relação a outras liturgias dessa semana. A questão do microfone, que deve ser em número maior, caso haja leitores na narração da Paixão.

Neste dia, não se beija o livro ao final da narração da Paixão, tampouco se incensa ou se ladeia com tochas.

Na oração universal, cada prece é constituída de uma fórmula invitatória antes da oração proferida pelo presidente da celebração. Esta fórmula pode ser proferida por um diácono, no ambão.

Mesmo no início da ação litúrgica, onde for costume, estende-se um tecido roxo à frente do altar, onde o presidente da celebração se prostrará com rosto por terra.

Caso a apresentação da cruz ocorra conforme a primeira forma, seja o tecido preso por alfinetes, laços ou velcros que facilitem a descoberta por partes. A cor do véu usado deve ser roxa e a cruz deve conter a imagem de Cristo crucificado.

Para a adoração da cruz, é recomendado que acólitos, ministros ou outras pessoas sejam designadas para limpar com tecido as partes beijadas pelos fiéis, caso esse sinal seja costume da comunidade.

É preciso ter em mente que o termo "adorar" empregado nessa ação litúrgica não nos induz à adoração de imagem. Revivendo o drama da paixão e morte de Cristo, o adoramos enquanto Senhor crucificado que deu-nos vida por sua morte.

Neste dia costuma ocorrer a arrecadação de donativos enviados para as igrejas da Terra Santa. Algumas comunidades o promovem durante a adoração da cruz, mas pode também ser realizado durante a dispersão da assembleia, de modo sereno.

À noite, é costume haver procissões pelas ruas. Cada comunidade paroquial tende a organizar uma e até mesmo preparar uma dramatização da Paixão de Cristo. Embora sendo um momento de devoção popular não obrigatório, é a oportunidade que temos de manifestar publicamente nossa fé no Cristo morto e ressuscitado.